
Acaba de sair o novo livro de Martin Weller, Metaphors of Ed Tech, publicado pela Athabasca University Press e disponível para ler on-line aqui e baixar aqui. Vinha aguardando essa publicação desde o anúncio inicial (já não me lembro exatamente quando), pois parecer ser diretamente relevante a estudos que venho conduzindo desde 2017.
Baixei e comecei a ler (levarei um tempo para finalizar, devido a outras demandas, mas ontem consegui dar conta da introdução e da conclusão), e a introdução sugere que Weller seguiu a linha de uma proposta que comentei em uma postagem anterior: o uso criativo e lúdico de metáforas. Ele anuncia o seguinte (p. 12):
This is not primarily a book about metaphors, or metaphorical reasoning, but a book of metaphors.
Tenho alguns “livros de metáforas” (nenhum relativo a tecnologias educacionais) bastante divertidos – a leitura, então, parece promissora.
Dei uma olhada nas referências também, e identifiquei alguns textos que acho fundamentais nos estudos da metáfora na educação – como este (1998). A obra seminal de Lakoff e Johnson também está lá, na fundamentação teórica (em português, a excelente tradução do Mercado das Letras está indisponível aqui, mas encontrei aqui, ainda que a um preço meio assustador – como todos os livros no momento).
O autor parece ter privilegiado uma perspectiva instrumental da metáfora como ferramenta para o uso e implantação de tecnologias na educação. A palavra “ferramenta/s” (tool/s) aparece 71 vezes nas 199 páginas do livro (incluindo nessa contagem o material pré e pós-textual). A ver o que isso me dirá.
Dando uma diagonal rápida, vejo que Weller articula o livro a seu blog (um projeto que ele mantém há muitos anos) e a produções anteriores (em particular, seu livro The Digital Scholar). Também me parece haver um foco na Educação Superior, em particular, a distância (mais uma articulação do autor, aqui, a seu local de atuação), e um capítulo dedicado ao online pivot, que chamei de “virada on-line” no início da pandemia.
Tentarei ler logo (não deverá ser difícil, pois a escrita dele é sempre objetiva e fluente) e resenhar.