
Chegou ontem (fresquinho do forno e ainda em fase de pré-venda por aqui) o novo livro de Neil Selwyn, Should Robots replace Teachers?, publicado pela Polity.
A contracapa diz o seguinte (tradução livre):
Desenvolvimentos em AI [Inteligência Artificial] e Big Data estão mudando a natureza da educação. Contudo, as implicações dessas tecnologias para a profissão docente são incertas. Enquanto a maior parte dos educadores permanece convencida da necessidade de professores humanos, para além dessa classe de profissionais antecipa-se uma reinvenção da docência e da aprendizagem.
A partir de uma análise de desenvolvimentos tecnológicos tais como robôs-professores autônomos, sistemas de tutoria inteligentes, Learning Analytics [Analíticas da Aprendizagem] e tomada de decisão automatizada, Neil Selwyn ressalta a premência de discussões detalhadas sobre a capacidade a AI replicar qualidades sociais, humanas e cognitivas do professor humano. O autor conduz a discussão sobre AI e educação no domínio dos valores, julgamentos e política, defendendo, basicamente, que a integração de qualquer tecnologia na sociedade precisa ser apresentada como uma escolha.
Além de um prefácio curtinho, o livro tem cinco capítulos:
- AI, robótica e a automação da docência
- Robôs na sala de aula
- Tutoria inteligente e assistentes pedagógicos
- Tecnologias de “bastidores”
- Revitalizando a docência para a era da AI
Selwyn é bem conhecido como um crítico sagaz dos discursos exagerados em torno da dita “potência” da tecnologia, e o posicionamento da tecnologia como escolha é algo que permeia seu trabalho. Como diz ele no final do prefácio, “não podemos saber ao certo o que acontecerá, mas deveríamos, ao menos, ter clareza sobre o que preferiríamos que acontecesse”.
Vou tentar dar uma diagonal rápida neste final de semana e postar alguns comentários sucintos – e assim, foi-se o planejamento prévio…